Fazia todos os dias o mesmo trajeto e andava com urgência, mas as vezes se perdia em pensamentos, era como se apagasse encobrindo sua realidade fria. Corria, cabelos ao vento. Alguém a perseguia, mas ela náo parecia estar assustada, simplesmente corria, seu olhar era vago e frio, seu corpo tomado pela ira, como um animal prestes a atacar sua presa.
Seguiu pelo beco escuro, onde suas sombras, largas, quase viva. tomava uma forma assustadora, demoníaca.
Seu outro eu. Seu lado mais perverso, maldoso.
Refletida em sua fronte, carrasca em suas palavras, sussurando ferosmente.
-Infame, suja, puta!
Seus passos diminuindo, escuridão total. Aqueles desejos de flagelo, olhar profundo sem resposta.
Acordou, e continuou caminhando no mesmo trajeto.
Presa em seu purgatório. Nem inferno, nem paraíso.
Em um ciclo de punição, todos os dias a rotina se repetia.
Com Amor,
Alexandro, R. Santiago, André
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